Flor de Maio que fica na janela da minha cozinha...
Estava preparada para escrever um post sobre desapego material... estou em um processo de mudanças internas, buscando o auto-conhecimento e tentando extrair ao máximo as lições que a vida nos oportuniza diariamente... No entanto, não vou lhes falar apenas sobre desapego, mas também sobre saber reconhecer a voz interna do coração...
Essa semana fiquei sem conexão com a internet, por motivo de força maior... é impressionante como um dia sem acesso ao mundo virtual, nos trás grandes oportunidades de "navegarmos" internamente... Nesse dia, do nada resolvi promover o desapego de objetos materiais que ficavam guardados e sem uso constante... e como guardamos coisas que não usamos! Porque fazemos isso? Colecionamos histórias através dos objetos, impregnamos eles de sentimentos e damo-lhes vida própria a partir do que eles nos representam... No entanto, como tudo nesta vida, um dia a história de algo ou alguém passa a ser passado... e é necessário deixar as coisas seguirem o seu curso, mesmo que não estejam mais na sua vida... só assim, abrimos oportunidade para o novo e damos a chance para o "velho" escrever novas histórias em outras vidas...
Separei várias coisas, desde jarra de cristal até cobertas... intuitivamente guardei tudo embalado e encaixotado, como se fossem para uma mudança de residência... Literalmente deixei apenas aquilo que uso com frequência, que ainda permanece comigo fazendo parte dos meus dias e das histórias que sigo vivendo... Deixei tudo no rancho (pequena edícula de madeira nos fundos da casa) a espera de um destino adequado a eles...
Dois dias depois ao voltar para a vida virtual, recebi um e-mail de uma colega do grupo de estudos, de um dos centros espírita que frequento aqui... Era um pedido de ajuda para uma família em grande necessidade... Uma turma se reuniu para tentarem arrecadar doações para montar uma casa a partir do zero, já que a família em questão perdeu o que tinha...
Agora me diz, é ou não é para levantar os olhos para o céu, apenas sorrir e agradecer infinitamente a Deus e a espiritualidade amiga? Exatamente tudo o que separei, irá servir para uma família que necessita... vocês não fazem idéia do quanto eu sorria, e parecia criança em dia de festa... Não contente em apenas poder contribuir, recorri ao Facebook e pedi ajuda... E ela veio!... não só aqui da cidade, como também de outras pessoas que moram em outros estados, e queriam fazer algo por está família... Fica aqui o meu muito obrigada de coração, para todos que estenderam as mãos nesse projeto!
É por mais este motivo, que a cada dia que passa estou ainda mais convicta de que o desapego, é a melhor forma de aprender a viver em paz... Seja desapegando de objetos, de pessoas ou de situações, que não nos "acrescentam" mais... Não se trata de descartar aleatóriamente e sem medidas... trata-se de ouvir a tua voz interna, de deixar fluir os sentidos... pois creia, eles falam exatamente a você, aquilo de que precisa ser feito naquele momento...
Termino com um pequeno pensamento, que encontrei escrito em uma folha de papel por alguém que eu não conheço (por isso não vou citar o crédito, já que não está assinado)... o livro em questão trata sobre vícios em um modo geral...
"Eu não sou o que queria ser
Eu não sou o que poderia ser
Eu não sou o que deveria ser
Mas com meu esforço e ajuda de poder superior
Eu não sou mais quem eu era"