Que o mundo está passando por grandes e radicais transformações, podemos acompanhar amplamente através das redes sociais e televisivas, dos rádios e jornais, entre tantas outras formas de comunicação em massa...
Movimentos diversos tem sido criados, desde o dito Deboísmo que crê que o melhor estado para se enfrentar as adversidades e dificuldades atuais, é o de encarar os fatos numa boa, sem stress, sem alardes ou quaisquer sentimentos, sensações ou pensamentos contrários ao positivismo, até os movimentos totalmente inversos que geram revoltas, desespero, angústia e sofrimentos sem fim...
Não há um caminho a ser apontado, indicado para está ou aquela situação... um modelo guia de conduta, que vise salvaguardar os nossos sentimentos, ações, pensamentos, bens e futuro...
Diante desse cenário caótico, no qual vemos o mundo ruir sob os nossos pés, quando não temos o controle e o poder de mudarmos o destino coletivo, como podemos então agirmos para que quiçá possamos transpor esses tempos difíceis?
De fato, é um desafio e tanto! Não restam dúvidas quanto as mazelas humanas produzem de efeitos devastadores por gerações e gerações... Como também o seu lado positivo, mesmo que sendo como um trabalho de formiguinha, tem capacidade de grandes mudanças...
Gosto de associar duas palavras e ações para quando enfrento essas adversidades... Resiliência e Solidariedade...
Uma dos conceitos sobre Resiliência você pode ler aqui... e sobre a Solidariedade, esta mais para um estado de consciência do indivíduo, do que para uma definição conceitualmente dita...
Tenho vontade de abraçar o mundo que não alcanço... de estender meus braços até as crianças famintas da África, aos refugiados de diversas partes do mundo que buscam abrigo e um futuro diverso de suas pátrias, aos analfabetos que sonham em aprender ao menos a escrever o próprio nome que carregam, aos idosos que se encontram lares coletivos, as pessoas cerceadas de suas fé, e um quase infinito de situações em que o sofrimento em um maior ou menor grau se sobrepõe a vida plena e salutar...
Talvez você, assim como eu, resida em cidades distantes dos grandes centros onde costumeiramente há maiores possibilidades de voluntariado... se mesmo assim, ainda sente que podes contribuir sob qualquer aspecto, que tal voltar os seus olhos para a sua própria comunidade?
Lembra-se do famoso ditado: A grama do vizinho é sempre mais verde!... assim como o "vizinho" ao lado tem uma grama melhor do que a sua, a grama do outro, daquele que você mal vê, porque não lhe chama atenção, pode achar o mesmo da sua! E, exatamente este, o qual você não nota, pode passar por situações em que sua ajuda seria de suma importância...
Há muitas e muitas possibilidades de praticar a solidariedade... para um bom começo, é bom se munir de resiliência e fé... acredite primeiro em você, é possível sim fazer algo "pequeno" que faça a diferença na vida do outro... Um simples bom dia com sorriso, pode ser o único que aquela pessoa irá receber, quando você o desejar de coração sincero...
Praticar o escambo (essa palavrinha é boa para quem não faltou as aulas de história e sabe o peso dela) entre amigos, vizinhos, comércios, de forma justa e leal... Doar seu tempo com qualidade e sinceridade... praticar o desapego material... exercer a sua fé (todas as religiões são boas, enquanto lhe fizerem um ser humano melhor) e os ensinamentos adquiridos... cuidar dos seus, daqueles que te cercam e dos que te procuram, na medida das tuas possibilidades... e outros caminhos que desenvolver, criar, imaginar...
Necessariamente a doação não tem um peso monetário... há muitas e muitas situações em que o dinheiro, ou seu equivalente, não podem comprar... Releia as singelas indicações acima e veja que em nenhuma há um valor de face atribuído a elas...
Esses são pequenos pensamentos, de uma forma muito simplista do meu olhar... mas que são carregados de sentimentos e desejos de que, de alguma maneira ou sob algum aspecto, eu, você e nós como um todo, possamos encontrar um caminho a seguir...
